PESQUISA DE ANTIGRAVIDADE
Gaston Burridge


Thomas Townsend Brown tem feito voar estranhos discos voadores de metal construídos com seu design secreto e faz isso por mais de 30 anos – alguns são bem grandes com até 30 polegadas (75 centímetros de diâmetro!).
Na maioria das vezes, Brown tem feito esses discos voarem no ar comum. Amarrados a um mastro ou poste esses objetos finos como dois pratos sobrepostos circulam ao redor do mastro em vôo livre.
Enquanto voam, ouve-se apenas um leve zumbido. No escuro brilham com uma estranha luz cor de lavanda revelando que o que os move é uma espécie de eletricidade.
Muitos cientistas e engenheiros já viram esses discos voar. Eles ficam até com a respiração alterada mas dizem que a força que faz os discos de Brown voarem é o que qualquer estudante de física de 2º grau sabe – "Vento elétrico" – e que Brown não descobriu nenhum novo princípio!
Um engenheiro me disse: "Esse negócio é tão louco que eu nem quero falar sobre isso!". Outro falou: "O aparelho é apenas um décimo de um por cento eficiente". Ambas as declarações são incorretas! A maioria dos outros engenheiros levanta objeções à falta de substanciação matemática apresentada por Brown. Para engenheiros e cientistas uma equação vale por mil palavras!
Mas mesmo uma equação é quase inútil, a menos que tenha valores designados para pelo menos algumas de suas partes principais. Não estando isto disponível de um ponto de vista técnico, parece que Brown está andando em cima de pernas de palha, ou seja, não tem nenhuma base.
Acontece que Brown foi à França participar de um programa de pesquisa patrocinado pelo governo francês, ocasião em que a Air France fez voar com sucesso alguns discos feitos por ele, no ALTO VÁCUO!
E isto eliminou a possibilidade de "vento elétrico" como era discutido anteriormente! Estes testes foram realizados em segredo e, porque foram feitos numa nação estrangeira, seus resultados continuam confidenciais.
Uma por uma, começam a aparecer, saindo do porão, as cabeças de engenheiros e cientistas americanos. Admite-se silenciosamente, agora, que talvez Brown tenha mesmo inventado alguma coisa!
Uma coisa que agora ele tem e que não tinha antes, é um patrocinador! Talvez seja esta a razão das cabeças aparecerem. Não há nada como ter costas quentes financeiras.
O que significa essa invenção de Brown? Outro tipo, espécie ou plano de vôo em alta velocidade tanto dentro da nossa atmosfera como no espaço exterior!
Como comparar essa força motriz com motores de foguetes e de aviões a jato atuais? Claro que não podemos afirmar ainda, mas não há nada que impeça os métodos de Brown de competir e levar vantagem sobre eles. Esse método tem "potenciais antigravidade" definidos, coisa que os foguetes e os jatos não têm. Por uma questão de patente industrial muitos detalhes do sistema Brown são pulados aqui, mas parece que ele não vai ser um item pequeno no quadro geral dos vôos espaciais.
Desde 1923, Brown e sua família gastaram cerca de US$ 250.000 do próprio bolso em experiências e pesquisas dos mistérios desse estranhíssimo fenômeno que é o "Efeito Biefeld-Brown". A literatura sobre eletricidade contém pouca coisa sobre o assunto, principalmente porque Brown tem mantido essa informação bastante segura e não escreveu nada sobre isso, nem cientificamente. Ninguém parece mais inclinado a pesquisar o assunto. E também as publicações científicas americanas não são abertas às poucas idéias que se originam de pessoas ligadas a grandes universidades ou laboratórios de pesquisas comerciais.
Quem me falou pela primeira vez de Townsend Brown e seu Efeito Biefeld-Brown foi Arlin C. Hauser, um designer e construtor de instrumentos técnicos de precisão de Pasadena, que não subestima uma idéia porque ela é "nova". Hauser me deu uma cópia da monografia intitulada "UMA EXPLICAÇÃO SIMPLIFICADA DA APLICAÇÃO DO EFEITO BIEFELD-BROWN PARA A SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DE NAVEGAÇÃO ESPACIAL". Esta monografia foi publicada pelo Dr. Mason Rose, presidente da Universidade para a Pesquisa Social, Los Angeles, mas na verdade escrita, eu soube depois, por Bradford Shank, um cientista nuclear de Los Alamos, agora engajado num trabalho de engenharia para um fabricante de válvulas de aviões de Los Angeles.
Algumas das informações contidas nessa monografia fizeram tocar um sininho na minha memória. Entre 1919 e 1925 eu era um rapaz que vagava num laboratório fazendo pesquisas com correntes alternadas de alta voltagem e alta freqüência. Estávamos lidando com milhões de volts a 750.000 ciclos por segundo! Um novo tipo de condensador elétrico havia sido construído e estava para ser testado. Ele já estava ligado ao circuito, mas ainda não aparafusado – era muito pesado.
O diretor estava ao lado da caixa de força; o resto de nós, a uma respeitosa distância. A chave foi ligada. Houve um zumbido, um flash de luz verde e púrpura, um estouro alto e o novo condensador se sacudiu e retorceu virando uma ruína fumegante! O diretor disse: "Cavalheiros, nosso bebê cresceu"!
É essa movimentação de um condensador elétrico que é a essência do Efeito Biefeld-Brown. Esse movimento faz o efeito de força antigravidade!
O Efeito Biefeld-Brown diz que um condensador elétrico, quando carregado, MOVE-SE EM DIREÇÃO ao seu pólo positivo e permanece assim posicionado ATÉ SER DESCARREGADO, se estiver livre para isso, não importando QUAL PÓLO ou QUE LADO do dielétrico é positivo.
Esse movimento não contraria a clássica "lei" que indica que cada ação traz consigo igual reação. A reação, como na gravitação, está presente, MAS NÃO ÓBVIA. A reação é um pequeno movimento finito mas desvanescente de toda a matéria no Universo. Mas as massas mais próximas são afetadas primeiro mais intensamente.
O efeito foi inicialmente observado quando as placas do condensador estavam carregadas com uma CORRENTE CONTÍNUA. Mas a experiência descrita acima, que foi observada em seguida durante outras provas, indica que algo do mesmo fenômeno está presente quando condensadores são carregados com correntes ALTERNADAS também – mas provavelmente de modo não tão eficaz ou duradouro.
Enquanto esse MOVIMENTOS do condensador de corrente alternada foram notados naquela hora, especialmente quando os condensadores foram inicialmente carregados após uma longa e completa descarga, os que conduziam a pesquisa acreditaram, então, que os movimentos eram devidos a ajustes de ressonância dentro do aparelho pelas correntes de alimentação de 60 ciclos. Assim, esse fenômeno, embora notado, nunca foi investigado pelo grupo no qual eu estava.
Esse movimento do condensador acredita-se ter sido inicialmente percebido e examinado pelo Dr. Paul Alfred Biefeld, professor de física e astronomia da Denison University, em Granville, Ohio, em alguma ocasião antes de 1923.
Entretanto, uma pesquisa nos registros científicos da Denison University, por ela mesma publicados, não indica que o Dr. Biefeld tenha escrito algo relacionado a essa descoberta enquanto ele estava lá. O Dr. Lawrence Biefeld, filho do Dr. Paul Alfred Biefeld, me escreveu que não se lembra de seu pai ter mencionado a descoberta de tal efeito. Entretanto, Bradford Shank, ligado intimamente as várias fases da Fundação Townsend Brown e seu trabalho por vários anos, conta que o Dr. Biefeld iniciou a pesquisa do Efeito e orientou o então estudante da Denison University, Townsend Brown, em seu prematuro interesse pela matéria.
Embora o Efeito possa ter sido reconhecido inicialmente pelo Dr. Biefeld, a maior parte da pesquisa e todas as aplicações práticas advindas dela foram conduzidas por Brown – a maioria às suas próprias custas, por um período de mais de 30 anos.
Aparentemente o Efeito recebeu esse nome de alguém que escreveu um relatório sobre o assunto. Mas não fosse pela grande dedicação e pesquisa de Townsend Brown este Efeito poderia ter permanecido sem registro e também inexplorado.
Evidências indicam que o Universo inteiro, desde os maiores sistemas estelares e seus planetas até os menores átomos e suas partes – hidrogênio – opera com três forças básicas: eletricidade, magnetismo e gravitação. Estas três forças podem ser inteiramente separadas e diferentes da mesma força, uma força universal que ainda não conseguimos distinguir como tal.
Desconsiderando isso, conhecemos a relação entre eletricidade e magnetismo e sabemos que essa relação é causada e mantida por uma simples bobina de fio.
É bem possível, pelo Efeito Biefeld-Brown, que tenhamos chegado à relação entre eletricidade e gravitação, uma relação sendo causada e mantida através de um simples condensador elétrico!
Se cada uma dessas três forças é considerada separadamente, encontramos pouco valor prático em qualquer delas. É apenas através da combinação de duas, e talvez mais, que começamos a usá-las.
À parte as pesquisas do Efeito Biefeld-Brown realizadas por Brown, a ciência não tem feito praticamente nada para desenvolver a relação entre eletricidade e gravitação.
A maioria dos cientistas hoje admitirão que um fraco efeito acoplador existe entre gravidade e eletricidade mas negarão qualquer uso prático disso!
Permanecendo quase sozinho nesta convicção, Brown manteve sua posição em relação ao assunto de maneira teimosa, fiel e devotada. Se um simples condensador elétrico de duas placas é suspenso por uma corda de tal modo que permita completa liberdade de movimento em qualquer direção exceto para baixo, claro, e esse condensador está carregado com quantidade apropriada e pressão da corrente elétrica, então ele vai oscilar em direção do lado que tem carga positiva.
Se o mesmo condensador é descarregado, os fios positivo e negativo trocados e conectados de maneira oposta, quando recarregado vai balançar em direção oposta.
Se o condensador é colocado ao lado de um feixe equilibrado, um peso suficiente oposto a ele para continuar o equilíbrio e se o pólo positivo está apontado para cima, quando o condensador estiver carregado o peso no lado oposto do feixe cairá e o condensador inteiro subirá!
Isto mostra que algum "peso" do condensador foi aliviado. Se o pólo positivo agora for invertido, quando o condensador for outra vez recarregado o peso no lado oposto do feixe será levantado! Isto ilustra a afetação gravitacional.
Este é o Efeito Biefeld-Brown. Até onde é conhecido hoje, é o único método de afetar o campo gravitacional eletricamente. Entretanto, há aparentemente em andamento vários outros programas de pesquisa tentando estabelecer uma relação eletro-gravítica.
Um dos mistérios desse efeito é que ele parece ser afetado pelo tempo! O tempo não passa com o efeito completamente, mas parece minimizá-lo temporariamente. Isto foi notado inicialmente por Brown durante experiências em salas fechadas.
Ele observava os discos através de um telescópio fora da sala e viu que após certo tempo os discos não balançavam tão longe como inicialmente, em qualquer direção, com a mesma carga elétrica. Eu soube por Shank que isto chegou a ser discutido com Albert Einstein, mas o que Einstein disse continua desconhecido para mim.
O fenômeno pode ser explicado pelo colapso das estruturas atômicas sutis no material dielétrico, ou no material das placas, ou em ambos. Após um tempo em seguida à descarga completa, estas avarias se auto consertam.
A intensidade de ação do Efeito Biefeld-Brown é determinada por cinco fatores. A intensidade final possivelmente não pode ser obtida por uso combinado dos cinco fatores – cada um separadamente no seu máximo. Há que ser feito um compromisso. Mas isso não é uma grande desvantagem como pode parecer, a princípio, pois permitirá um quase infinito arranjo de fatores em qualquer disco ou nave. A melhor combinação desses fatores então pode ser escolhida e aplicada a uma grande variedade de condições práticas que certamente surgirão no cotidiano aeronáutico ou de vôo espacial.
1) PROXIMIDADE DAS PLACAS
O primeiro fator regulador da intensidade do Efeito é controlado pela proximidade em que as placas do condensador são ajustadas. Se a pressão de carga – ou voltagem – é alta, então as placas deverão estar mais afastadas do que em voltagens baixas – usando o mesmo dielétrico. Se for necessário carregar o condensador rapidamente é preciso uma voltagem mais alta do que se fosse usado mais tempo. Daí, quanto mais perto estiverem as placas, maior será o ganho do Efeito – em outras circunstâncias permanecerá o mesmo.
2) CONSTANTE DIELÉTRICA
O segundo fator é a capacidade do material escolhido como dielétrico de armazenar energia elétrica. Há muitos tipos de dielétricos: vidro, mica, borracha, papel, baquelite, ar, cerâmica e muitos plásticos. Um dielétrico é qualquer material que se oponha ao fluxo de uma corrente elétrica como uma "pressão elástica". É como apertar de uma bola de borracha macia. Os músculos da sua mão representam a voltagem elétrica. Eles apertam os lados da bola juntos. Os lados permanecem apertados até que os músculos relaxem a pressão e aí saltam de volta para sua forma original. Um dielétrico absorverá uma carga elétrica até atingir sua capacidade. Daí, ele ou mantém essa carga enquanto a força da carga estiver presente, ou ele sofre uma ruptura e a pressão escapa, ou ainda se a pressão de carga ele se descarrega no circuito de carga. Nesse último caso pode ser diabólico! Alguns dielétricos são capazes de absorver uma quantidade de energia elétrica se esta energia for aplicada lentamente com uma pressão moderada, mas se romperão se obrigados a agir rapidamente. Outros dielétricos como vidro sem chumbo, podem ser carregados e descarregados milhares de vezes por segundo e altas pressões. A medida de habilidade dielétrica é chamada o "K" do material. Quanto maior o K, maior é o efeito Biefeld-Brown.
3) INTENSIDADE
Um terceiro fator para criar a intensidade do Efeito é a área das placas de carga do dielétrico. Os discos funcionam pelas bordas e quanto maior a sua área, maior o Efeito obtido.
4) VOLTAGEM
O quarto fator tem a ver com a voltagem, ou pressão usada para carregar as placas do condensador. Maior a voltagem, maior o Efeito. E ainda, quanto maior a voltagem, menos tempo leva para carregar um dado tamanho de condensador. Mas a voltagem não pode ser tão alta a ponto de perfurar o dielétrico, pois o condensador ficaria temporária ou permanentemente arruinado, dependendo da sua capacidade de "curar-se". Dielétricos sólidos não podem se refazer. Os líquidos conseguem isso quase sempre que imediatamente após serem perfurados.
5) MASSA (ÁREA DE SUPERFÍCIE)
O quinto e último fator é a massa do dielétrico. Quanto maior a massa, maior o efeito.
Esses pontos são todos importantes. Deixam claro que, por um arranjo elétrico não muito complicado, que permita a mudança de muitas posições de pólos positivos à vontade, é possível controlar um veículo astronautico.
Uma vez que um círculo contém um número maior de unidades quadradas de superfície para uma dada dimensão, parece óbvio que um veículo chato, em forma de disco poderia usar esse tipo de campo de energia com grandes vantagens. Ele seria carregado diferentemente dos pequenos modelos de experiência porque levaria a bordo seus próprios equipamentos para carga.
A energia de entrada de alguns modelos testados na Califórnia há bastante tempo era cerca de 50 watts, o mesmo que uma pequena lâmpada.
O peso dessas unidades era de aproximadamente 1200 gramas. A eficiência da propulsão era de 2%. A menos que descobertas científicas o contrariem, devemos assumir que a voltagem de eletricidade atmosférica sobe com o aumento da distância da superfície terrestre.
A baixas altitudes chegamos às vezes a registrar um aumento de 100 volts para cada três pés (+ ou - 1 metro) de elevação. Mas esse incremento também aumenta com a altitude. Acredita-se que na ionosfera pode ocorrer um potencial de 100 volts dentro de apenas 4 polegadas (+ ou - 10,16 cm)!
Mesmo que um veículo em forma de disco possa ser relativamente fino comparado ao seu diâmetro, ainda assim ele seria muitas vezes mais grosso que 10 cm. Daí ele estaria sujeito a tremendos diferenciais de pressão elétrica externa sobre as dimensões de suas extremidades.
Como isso afetaria o Efeito Biefeld-Brown – ou qualquer veículo movido a eletricidade? Alguns dizem que não afetaria nada. Outros vêem como uma barreira considerável.
Dispositivos antigravidade estão sendo experimentados em várias direções. Quando eles se tornarem viáveis, um horizonte totalmente novo se descortinará para a humanidade.